segunda-feira, 7 de abril de 2008

mad man metal

A Mad está de volta, mais uma vez. Eu me lembro de um sarro que eles tiraram do heavy metal, quando andava na escola de jeans rasgado e com pregos enferrujados saindo de um Nike carcomido por silvertape derretida. Fiquei puto, claro, me levava a sério demais naquela época. Como assim, Alfred E. Newman tirando uma do deus Metal?

Sábado, o estádio dos porcos lotado de headbangers ortodoxos, discípulos do nü metal e um ou outro estranho no ninho com camisas floridas. Clima de paz, cerveja com preço de país em guerra, caixas de som no talo para ouvir Black Label Society, Korn e o o maior astro da história da MTV, ex-inimigo número 1 da sociedade e gravador de CDs demoníacos (não demo, esse é o Marcelo Rossi) Ozzy Osbourne.

E aquela antiga piada da Mad me veio à cabeça entre um solo interminável, um fuck it fuck that e 40 mil cabeças sacolejando. Soava tão atual quando eu percebi algumas coisas:

- Metaleiro que é metaleiro tem mais guitarras do que mulheres no currículo. Zack Wylde solando com a língua em uma das tantas guitarras que ostentou no palco que o diga. Haja gemidos elétricos. No caso de metaleiros fãs, não astros, como Wylde, a premissa é a mesma: mais guitarras do que mulheres.

- Homem e minhoca têm códigos genéticos bastante parecidos. Assim como raves e shows de metal. A essência é a mesma - patadas no chão, adrenalina, guitarra pesada, músculos contraídos. O resultado é no mínimo diferente, para dizer pouco.

- Rodinhas de socos falsos e chutes ao léu são patéticas. Dá vontade de soltar esses caras num baile funk de verdade e ver no que dá. Isso sim é diversão.

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