Com 7 anos eu descobri que a cortina bege que às vezes aparecia no meu olho era, na verdade, minha própria pálpebra. Já era tarde, meu cérebro se acostumou a usar mais um olho que o outro, o que, se atrapalha um pouco a periférica e a bolinha de tênis a caminho (ou seria isso desculpa?), nunca me impediu de ter uma visão considerada perfeita - embora eu seja praticamente cego de um olho.
Com 13 anos me enrolaram com um papo de "dentição do futuro", dizendo que o fato de eu ter nascido sem os pré-molares era uma tendência do homem. E uma tendência num sentido mais antropomórfico/biológico do que fashion.
Tenho mais medo de sapo do que de cobra. Cara e nome de gringo falsificado, mas até meus bisavós eram quase todos brasileiros. Não sei nem reconhecer os naipes de um baralho. Ainda acredito nas pessoas.
Agora vêm me dizer que vão fazer um osso nascer na minha boca. Sim, um pó que cresce, se solidifica, e vira osso. Fermento de cemitério. Pirlimpimpim de esqueleto. Do pó vim, ao pó voltarei, mas, antes disso, do pó me brotará um estepe.
Sim, sou excêntrico. E minha felicidade se chama Diferente.
terça-feira, 8 de abril de 2008
exçentricus suceçus
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