domingo, 20 de janeiro de 2008

tormenta

Perdeu o controle ao vê-la segurando o cigarro mais uma vez. Ela tinha prometido largar o vício. Impulsionado pela raiva que deixava seus olhos ainda mais loucos, segurou o pulso dela até imprimir seus dedos curtos de roxo. Arrancou o cigarro aceso e apagou-o ali mesmo, no próprio braço. "Seu louco", ouviu. Deu-lhe um sonoro bofete. Beijou-a, mas ela correu e o abandonou. Em uma semana, encontrou o amor tranqüilo, que ele nunca pôde lhe dar, por mais apaixonado que fosse.

Hoje, cumprimentam-se educadamente, dizem até que podem vir a ser amigos. Só amigos, porque ele ainda não sabe o que é navegar placidamente. Talvez nunca aprenda.

2 comentários:

Di Giacomo disse...

Isso é da série "pequenos trechos dos meus relacionametos reais"?

Sacerdote Ulça disse...

hehehehe, não não. Sou um mero cronista medíocre