Era uma farta ceia de Ano Novo. À mesa de 38 lugares, deliciamo-nos com cordeiros macios, geléias e mostardas de todas cores e odores, patos, javalis e também folhas exóticas da América do Sul, ameixas, abacaxis, mangas, framboesas, maçãs e melões, codornas recheadas, massas lombardas, trufas, dúzias de queijos e lingüiças, cervejas trapistas e as melhores cepas da décadas pintando de tinto nossos sorrisos.
Era o último dia do ano, precisava aproveitar. Comi e bebi tudo. Ao amanhecer do primeiro Sol (O SOL!!!), ébrio como um bode torto, fiz da boca torneira e da areia, bueiro. Era um novo homem. Todas as falhas, decepções, frustrações e tragédias do ano que morria espalhavam-se pelo chão com o indefectível cheiro de bile, frutas amassadas e carne mal digerida.
Vomitar me fez um bem danado. Feliz ano novo. Recomecemos.
Guaecá verão 2000. Wrightshestershire, Réveillon 1855
domingo, 4 de maio de 2008
muito melhor que pular 7 ondinhas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário