Do alto de uma falésia, desceu rumo à praia por uma escada íngreme de madeira. Era uma praia estreita de comprimento, mas com uma bela faixa de areia. Seu destino era a caverna semelhante a uma torre no lado direito da praia.
Entrou e começou a subir. As rochas eram todas ornamentadas com grafites de motivos de futebol, com referências a craques e campeonatos do passado. No caminho inverso, atletas altos, de uniforme azul e amarelo, desciam compenetrados. No alto da caverna, pegou o que tinha que pegar, sem saber direito o que era, e desceu de volta.
À noite, sob o galpão onde se realizava a festa do que parecia ser uma colônia de férias, o time dos atletas altos e fortes voltou, agora em grupo. Formaram um corredor no meio do galpão, à espera de seu técnico, que chegou pouco depois. Ele era negro e não era alto como seus discípulos, mas era forte e assustador. O rosto coberto de piercings na sobrancelha, um grande brinco de argola em uma orelha, e dentes enormes. Bradou as palavras de sempre de ordem, união, força, vitória, aos gritos de seus soldados.
Em seguida, o capitão do time, ao que parecia ser, cumprimenta de longe, com um aceno discreto, e inicia o que devia ser um show de demonstração/teste para a próxima leva de calouros do próximo ano. Dois meninos fortes, mas não tão altos como os veteranos, são os primeiros candidatos. Eles se amarram a cordas presas ao teto e a duas grandes portas de metal, que deveriam ser erguidas paralelamente ao solo.
Os jovens apoiam os pés na porta, perpendicularmente ao chão, e tentam começar a andar em direção ao teto com a ajuda da corda. O esforço é visivelmente marcante, com veias saltadas e rostos vermelhos e pingos de suor. Um deles não aguenta, desaba no chão e ali fica, com uma estranha pulsação na testa, um galo que inchava e desinchava, deformando seu rosto.
A cena chama atenção de todos, os moleques que soltavam gritos de provocação ao time de jovens muito mais bem nutridos que eles se calam. Um dos jogadores vai checar o que houve, quando o candidato fracassado, de repente, se transforma em um grande lobo, o suficiente para causar tumulto e acabar com a festa.
Correu, perseguiu, uivou, mas não atacou ninguém. Você consegue se desvencilhar quando ele vem em sua direção, mas o deixa chegar perto a ponto de ameaçar: não acabou aqui, guardei seu rosto, volto para te buscar.
Mais tarde, na internet, cria coragem para provocá-lo de volta: então vem.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
feio mas tá na moda
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sonhos bizarros
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