quarta-feira, 22 de julho de 2009

derrota

os colegas de trabalham se dividem entre os que assistem somente e os que incentivam. Você contra ele, um deles, na rua. Você o acerta na cara, ele cai, você vai para cima, ele o acerta no nariz, você sangra e sangra e sangra e usa isso para tingir a repugnância da cena. Soca-o até o fim, até ele cair desacordado, inconsciente e irreconhecível em meio à poça do seu sangue misturado ao dele.

Com olhar louco de endorfina, você veste o capuz, sujo de sangue, segue seu caminho, deixa o colega quase morto no chão, entra numa sala e envia um imeio. Um sujeito enorme, 2 por 2, arranca o computador da sua mão, mas não a tempo de impedir que a mensagem seja enviada. Ele o encara, você afina e se retira, furioso consigo por não ter mais a fúria animal de 10 minutos atrás. O mesmo cara implica com outro menor, arranca-lhe o boné, e você conclui que é melhor sair dali.

Retorna ao seus, vê o colega acordando e sendo tratado. Ninguém o julga, ninguém fala nada, ninguém comenta. Sente vontade de ir a ele, pedir desculpas e dizer que exagerou.

Mas antes de chegar a ele você acorda e narra na terapia mais um violento episódio mental, agora inspirado em Clube da Luta, que é ótimo, e Irreversível, que é uma bosta.

E você ouve: "você derrubou muito sangue. Muito sangue seu."

É

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