"Olhei para o lado da balsa onde anotava os dias e contei oito riscos. Mas me lembrei de que não tinha anotado o daquele dia. Marquei-o com as chaves, convencido de que seria o último, e senti desespero e raiva ante a certeza de que era mais difícil morrer que continuar vivendo. Nessa manhã tinha decidido entre a vida e morte. Escolhera a morte e, entretanto, continuava vivo, com o pedaço de remo na mão, disposto a continuar lutando pela vida. A continuar lutando pela única coisa que já não importava mais."
"É possível se passar um ano no mar, mas há um dia em que é impossível suportar uma hora mais."
Relato de um Náufrago - Gabriel García Márquez sem firula, seco como sal. Melhor na edição de sebo com ilustrações do Carybé
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
no nada
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